User Research é uma Perda de Tempo

Marcus Dutra
6 min readNov 4, 2022

Disclaimer: Esse artigo faz parte é uma tradução da obra original escrita por Lowell Stevens: User Research is a Waste of Time.

Blake Stevenson

O filme de terror pós-apocalítico Eu Sou a Lenda, estreando Will Smith, teve um final bizarro. A humanidade foi destruída irreparavelmente por um vírus que torna os humanos em estranhas criaturas vampirescas que temem a luz do sol. Robert Neville é um pesquisador que gasta seus dias sozinhos, tentando estudar essas criaturas e achar um jeito de "ressucita-las" por doenças. Contato, após experimentos e experimentos terminaram em falha, com os sujeitos que ele capturou mortos em sua mesa.

Após gastar o filme inteiro tentando salvar a humanidade, sua casa é invadida por esses Darkseekers, que acharam o seu laboratório de porão. Uma jovem mulher e uma menina que ele resgatou anteriormente estão na casa, e Will Smith usas a granada para se explodir e os Darkseekers em pedacinhos, salvando os dois últimos humanos.

Conquanto, para aqueles que leram o livro, esse final foi bizarro e sem sentido. O plot é que os Darkseekers não são os monstros, Neville que é. Ele rapta eles enquanto dormem, leva eles para seu porão e mata eles. Para eles, Neville é o monstro. Esse final é ainda mais detalhado, e no livro os Darkseekers pegam o seu sujeito final dele, enquanto ele percebe que suas paredes estão cobertas de fotos de centenas de outros sujeitos que morreram nas suas mãos.

Por que isso foi mudado?

Grupo focal. O grupo focal quando fizeram o filme não gostavam do final, então eles mudaram para algo bem menos impactante e menos "tirador de chão". O resultado final? Outro padrão, filme chato de ação que foi esquecido alguns meses após ter lançado.

E quanto isso vem para pesquisa de usuário em UX, eu vejo muitos jovens designers obcecados com a ideia de performar uma pesquisa de usuário. Não somente pesquisa demográfica, mas um real teste A/B testando e grupo focal.

O que eu suspeito e que a maioria desses jovens designers, é a pesquisa ser uma muleta que eles usam para se esconder das alegações de que seus projetos são péssimos. “Eu não fiz a pesquisa” é uma frase comum, ou “Eu me concentro principalmente na pesquisa”.

Você consegue programar em R ou Python? Você tem um diploma de Data Science? Você está conduzindo sua pesquisa em estudos cegos e imprimindo a visualização de dados em Tableau ou PyViz? Você está mantendo uma limpa, incorrupto estudo entre os controles para demográfico (dados) e (seu) contexto? O dado é empírico? Você está conduzindo os mesmos teste diversas vezes para assegurar que os resultados são consistentes?

Todos nós sabemos a resposta. A verdadeira pesquisa de usuário é feita através de Data Science, e Data Science é feito por cientistas de dados, não por um bootcamper que tem ansiedade de Figma. Muitos jovens designers estão escondidos atrás dessa obsessão com pesquisa por uma simples razão: eles estão aterrorizados de design.

UX é a terra prometida de um emprego de tecnologia não técnico de 6 dígitos por mês para muitas pessoas. Apenas pesquise "Break into UX" no YouTube para se afogar em vídeos falando para pessoas como conectar para achar o seu trabalho, como eles não precisam de saber design, como o portfólio deles precisa majoritariamente focar no seu processo.

Eu recentemente tive que contratar um UX designer para um app que eu estava prestes a lançar. Eu decidi deixar aperto os requerimentos para incluir juniors.

Todo portfólio que eu recebi era página atrás de página de post-its sem sentidos, user flows, personas inventadas, e outras besteiras estranhas só para chegar no final e perceber ser só mais uma landing page de SAAS ou um checkout mobile. Muitos deles fizeram páginas e páginas de completa pesquisa inventada, pequenos valores de N (4 pessoas?) incrivelmente coloridas ou questões de formulário, tudo para um produto final amador e feio.

Você não está indo quebrar um novo chão com sua pesquisa se a coisa que você está trabalhando não é groundbreaking. Criando uma nova plataforma de rede social ou fazendo uma auditoria de design do Reddit não vai requerer uma pesquisa de usuário extensiva.

A dura verdade é que você não é preparado nem educado ou equipada para fazer a real pesquisa do usuário. Uma enquete typeform e alguns screenshots A/B não é somente inefetivo, como é uma desprezível gasto de tempo. Bons designers criam boas UX. Quando sua cor de fundo, tipografia e cor de fonte estão funcionando em harmonia, simplesmente as pessoas com deficiência visual não têm problemas para usá-lo. Quando você tem espaço em branco adequado, simplesmente os usuários conseguem encontrar os botões que precisam clicar. Quando você tem uma grande hierarquia de informações, de repente você não precisa passar horas mexendo com as planilhas do Google para justificar seu salário e, em vez disso, pode se concentrar na criação.

A pesquisa de usuário é algumas vezes necessária. Vital então. Para os foguetes Artemis que estão quase decolando para a lua, eu espero que eles estejam fazendo uma extensiva pesquisa de usuário para garantir que os botões da câmara de ar estão bem limpos para o seu propósito. Para o novo usuário de MMO da Riot que está vindo em 5–6 anos, eu espero que eles estejam fazendo uma séria pesquisa de usuário para entender como jogadores vão manusear seus inventários e 25–30 habilidades. Para as colônias de marte da SpaceX, eu espero Deus que eles estejam mantendo o tanque de oxigênio fora dos interfones.

Mas para os seus clones da Netflix, seu Tinder para jogos, seu Reddit para Farmacêuticos, apenas grude com o básico. Seja o catalisador. Deixe pronto, itere no feedback. Pare de gastar tempo adiantando pesquisas em coisas que simples heurísticas de usuário cobrem.

Sobre o Artigo

Escolhi esse artigo por parecer uma ideia bem digerível e rápida de se entender. O autor começa com a história de Eu Sou a Lenda e mostra que o final filme foi diferente do final do livro para explicar um conceito comum que ocorre com os projetistas, grupos de foco. Onde um grupo de pessoas se reúne para fazer uma pesquisa em conjunto.

E do mesmo jeito que o grupo focal do Eu Sou a Lenda mudou o final, aparentemente para o autor, existe um grupo focal em na comunidade de UX Design que está moldando a visão da pesquisa de usuário: os jovens designers.

Onde esses designers estão banalizando a metodologia de pesquisa, cujo na parte quantitativa é super necessário um apoio científico de dados, métodos que não são nada comuns em portfólios desses jovens.

De qualquer forma, o texto não deixa tão claro assim a conexão entre as partes, não é tão simples quanto eu pensei, existe muito bias no texto onde é necessário um raciocínio de design bem mais experiente para enxergar exatamente o que esse autor quer dizer na maior parte do texto.

A simplicidade de aplicar os princípios básicos no seu design para assegurar uma boa experiência do usuário é comparada com a necessidade de se fazer uma pesquisa de usuário, ou seja, se você tem sua fonte, cor de fundo e cor de fonte em harmonia, você não enfrentará tantos problemas de usuário.

E quando se olha para projetos grandes como foguetes, jogos de 5 anos de desenvolvimento, colônias marcianas, é super necessário a pesquisa de usuário para o autor. Mas para aplicativos "caseiros" que nós jovens designers podemos desenvolver em casa, apenas o básico serve. Uma vez pronto é só iterar no feedback.

"Não precisamos gastar tempo adiantando pesquisas para solucionar problemas que simples heurísticas resolvem."

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